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Foto do escritorDifusora FM

O que é neurite óptica, doença que Felipe Simas foi diagnosticado

O ator Felipe Simas foi internado às pressas no hospital nesta quinta-feira (26). O artista revelou ter sido diagnosticado com uma doença autoimune chamada de neurite óptica em uma mensagem reflexiva em sua própria rede social.

“Ontem recebi uma notícia muito boa de trabalho. Amanhã faço 31 anos. E hoje eu estou aqui. Às incertezas da vida me levam pra mais perto de Deus. As palavras do caminho como: ‘Seja forte e corajoso… Em tudo daí graças… Estejam firmes na fé’. Iluminam os meus passos e aliviam os meus pensamentos”, escreve.

Desabafo de Felipe Simas


Mariana Uhlmann, esposa de Felipe Simas, compartilhou em suas redes sociais detalhes sobre a internação do ator: “No domingo, ao retornar de um trabalho, ele percebeu que a visão direita estava com uma tonalidade diferente”, relatou.


Felipe Simas continuou: “Com uma coloração distinta e desfocada no centro da visão.”

No dia seguinte, o ator buscou a assistência de um oftalmologista, que, diante da suspeita de neurite óptica, recomendou uma ressonância cerebral com urgência.


Após a realização do exame de imagem, o diagnóstico de neurite foi confirmado.


“Foram descartadas as possibilidades mais preocupantes, como tumores, infecções e vírus. Ficamos agora com uma doença autoimune, cuja natureza ainda não compreendemos completamente”, diz. E continua:


“Pode ser um evento isolado na vida ou algo que se repita. Agora, estamos em busca de mais informações sobre essa condição autoimune”, desabafou o Simas em suas redes.


Afinal, o que neurite óptica?


De acordo com o manual MDS, usado por médicos do mundo inteiro, a neurite óptica é mais comum em adultos com idades entre 20 e 40 anos.


Em muitos casos, ela está relacionada a doenças que afetam a mielina, especialmente a esclerose múltipla, que pode apresentar recorrências. A neurite óptica às vezes é o primeiro sinal de esclerose múltipla. Outras causas incluem:


  • Neuromielite óptica;

  • Doença associada a anticorpos contra uma substância chamada glicoproteína mielina-oligodendrócito;

  • Doenças infecciosas, como encefalite viral (mais comum em crianças), sinusite, meningite, tuberculose (TB), sífilis ou vírus da imunodeficiência humana (HIV);

  • Propagação do câncer para o nervo óptico;

  • Lúpus eritematoso sistêmico;

  • Exposição a substâncias químicas e medicamentos, como chumbo, metanol, quinina, arsênico, etambutol e certos antibióticos (embora essas causem neuropatias ópticas em vez de neurite óptica);

  • Uso de medicamentos como inibidores do FNT-alfa e inibidores do checkpoint imune, que podem causar neurite óptica.

Causas mais raras incluem anemia perniciosa e doenças autoimunes sistêmicas. Às vezes, a causa permanece desconhecida, independentemente da evolução da condição.


Sinais e sintomas da neurite óptica


Segundo o manual, a neurite óptica é caracterizada principalmente pela perda de visão, que atinge seu ponto máximo em alguns dias, variando desde manchas pequenas no centro ou na parte próxima ao centro da visão até a perda completa da visão.


Muitas vezes, os pacientes experimentam uma leve dor nos olhos, que geralmente fica pior ao mover os olhos.


Os sinais mais notáveis incluem:

  • Dificuldade em distinguir cores;

  • Diminuição da nitidez visual e problemas no campo de visão, que podem ser desproporcionais à perda de nitidez.

Diagnóstico


Um teste de pupila pode ser feito para avaliar a função do olho não afetado. O teste de visão de cores é útil, embora em cerca de 10% dos homens, que têm daltonismo, isso possa fornecer resultados incorretos.


Em cerca de dois terços dos casos, a inflamação ocorre atrás do olho, não sendo visível em exames regulares.


Em outros casos, pode haver vermelhidão e/ou inchaço no disco óptico. Exsudatos (acúmulo de fluido) e hemorragias próximas ou no disco óptico são raros na maioria dos casos de neurite óptica.


Para o diagnóstico exato os médico optam então por ressonância magnética e exame clínico, segundo o MDS.


Tratamento da neurite óptica

Em casos suspeitos de esclerose múltipla ou neuromielite óptica, os médicos podem recomendar o uso de corticoides como parte do tratamento. Isso significa que, em alguns casos, você pode receber medicamentos como metilprednisolona na veia por alguns dias ou uma forma similar, chamada prednisona, por via oral.


Esses medicamentos podem ajudar a acelerar a recuperação, especialmente quando a visão é afetada devido a causas como neuromielite óptica ou a doença relacionada a anticorpos contra uma substância chamada glicoproteína mielina-oligodendrócito.


Se os corticoides não forem suficientes ou se a situação for mais grave, o médico pode considerar um procedimento chamado troca plasmática, especialmente se você tiver crises de neuromielite óptica.


É importante lembrar que o uso de corticoides em doses mais baixas por via oral não mostrou melhorias na visão e pode aumentar o risco de que os sintomas voltem.


Além disso, para lidar com problemas de visão, como dificuldade em distinguir cores, você pode encontrar úteis dispositivos especializados, como lupas, impressões maiores e relógios que falam.


É fundamental que você consulte um médico para uma avaliação detalhada e discuta as opções de tratamento específicas para o seu caso.


Em situações como a esclerose múltipla, o médico pode sugerir tratamentos que ajudam a controlar a condição, enquanto, para neuromielite óptica ou mielina-oligodendrócito, podem ser necessárias abordagens específicas.


O manual MDS termina relembrando: sempre siga as orientações do seu médico para obter os melhores resultados no tratamento.

Por ND+



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